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1.
Hematology, Transfusion and Cell Therapy ; 43:S413-S414, 2021.
Article in Portuguese | EMBASE | ID: covidwho-1859674

ABSTRACT

Objetivos: Investigar o número de doadores de sangue do Hemocentro Regional de Santa Maria (HEMOSM) que, durante o período da pandemia de COVID-19 (fevereiro/2020 a julho/2021), apresentaram resultados reagentes ou inconclusivos para HIV I/II em pesquisas sorológicas e testes moleculares realizados para a triagem sorológica dos doadores. Material e métodos: A investigação se deu através do estudo observacional retrospectivo realizado para a coleta de dados no Sistema HEMOVIDA (Sistema Nacional de Gerenciamento em Serviços de Hemoterapia) e nos arquivos do Laboratório de Sorologia do HEMOSM durante o período de fevereiro/2020 a julho de/2021. As amostras analisadas foram soro dos doadores para pesquisa de anticorpos anti-HIV I/II por eletroquimio-luminescência, enquanto para as pesquisas moleculares para detecção do HIV I/II foram empregadas amostras de plasma coletadas em tubo com EDTA e gel separador. As amostras permaneceram em repouso por aproximadamente 15 minutos antes de serem centrifugadas para obtenção do soro ou plasma e, posteriormente, foram encaminhadas para realização dos ensaios. Resultados: No período estudado, 24 doadores apresentaram resultados de sorologia para anti-HIV I/II, sendo 6 doadores do sexo feminino e 18 do sexo masculino. Dentre os 24 doadores, 8 apresentaram resultados reagentes e 16 apresentaram resultados inconclusivos para pesquisa de anticorpos. Para os 8 doadores com sorologia reagente para o HIV I/II, 6 apresentaram pesquisa com detecção de RNA viral nos testes moleculares. Discussão: O HIV, vírus da imunodeficiência humana, é o vírus que ataca os linfócitos TCD4, condição que na progressão da infecção causa a diminuição da eficiência da resposta imune dependente do TCD4, levando ao quadro da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS). A infecção por HIV é uma das doenças que são pesquisadas para doadores de sangue durante a triagem sorológica. O emprego de ensaios moleculares para a triagem sorológica de doadores é essencial para a detecção precoce de infecção por doenças como o HIV I/II. A importância dos testes moleculares reside na detecção de RNA viral que passa a ser detectado previamente ao surgimento de outros marcadores como a p24 e anticorpos na corrente sanguínea. No caso dos doadores com ensaios moleculares que detectaram o vírus, todos também apresentaram resultados reagentes para pesquisa de anticorpos contra o vírus. Os doadores com pesquisa para HIV reagente ou inconclusiva são convocados para nova coleta de amostra para confirmação dos resultados. Ainda, caso reagente e detectável, os doadores têm amostra encaminhada para a quantificação da carga viral e são encaminhados para acompanhamento e tratamento. Conclusão: Dentre os doadores que tiveram suas bolsas descartadas em razão da triagem sorológica, aproximadamente 8% foram devido às pesquisas de HIV I/II. Esses doadores são cadastrados em uma lista nacional de doadores de sangue impedidos. Para casos de doadores com resultados reagentes ou inconclusivos e que já haviam doado anteriormente, ainda é necessário a realização de pesquisa de soroconversão para garantir a segurança transfusional através da hemovigilância.

2.
Hematology, Transfusion and Cell Therapy ; 43:S412, 2021.
Article in Portuguese | EMBASE | ID: covidwho-1859673

ABSTRACT

Objetivos: Analisar o número de doadores de sangue do Hemocentro Regional de Santa Maria (HEMOSM) que apresentaram sorologia reagente ou inconclusiva para infecção por HTLV I/II durante o período da pandemia de COVID-19. Materiais e métodos: Esta pesquisa é um estudo observacional retrospectivo realizado a partir da coleta de dados do Sistema HEMOVIDA (Sistema Nacional de Gerenciamento em Serviços de Hemoterapia) e dos arquivos do Laboratório de Sorologia do HEMOSM durante o período de fevereiro/2020 a julho/2021. A amostra empregada nos ensaios foi o soro dos doadores e a técnica de análise foi a eletroquimioluminescência. Resultados: O número total de doadores que apresentaram resultado de sorologia reagente ou inconclusiva para a infecção por HTLV I/II foi de 13 doadores, os quais tiveram todos os seus hemocomponentes descartados. Nessa triagem sorológica, 2 doadores tiveram resultados reagentes e 11 inconclusivos. Destes 13 doadores, 10 são do sexo masculino e apenas 3 do sexo feminino. Além disso, houve 2 casos de coinfecção por sífilis. Discussão: O HTLV (vírus T-linfotrópico humano) é um vírus, da mesma família do HIV, que infecta células muito importantes para a resposta imunológica, os linfócitos T. Os dois principais tipos desse vírus são o HTLV-I e o HTLV-II. O subtipo I está relacionado a doenças neurológicas graves e degenerativas e doenças hematológicas, como o linfoma de células T do adulto, enquanto o subtipo II está associado à tricoleucemia de células T. A maioria das pessoas infectadas pelo vírus não desenvolve sintomas ao longo da vida, mantendo, desta forma, uma cadeia de transmissão silenciosa. A transmissão do HTLV se dá por meio do contato com sangue ou outros fluidos corporais de uma pessoa infectada, podendo ser transmitido de forma vertical (de mãe para o filho), pela relação sexual desprotegida ou por meio de uma transfusão sanguínea advinda de um doador infectado, sendo este último motivo a razão pela qual esta doença integra a triagem sorológica para doadores de sangue. Do total de bolsas desprezadas em razão de sorologia reagente ou indeterminada (295 unidades de sangue total no mesmo período) a pesquisa de marcador sorológico para o HTLV I/II representou apenas 4,4% dos descartes. Assim sendo, o HTLV foi a menor causa de descartes relativos à triagem sorológica, mas esta observação não implica na diminuição da importância dessa pesquisa para a garantia da segurança transfusional. Tendo em vista o momento em que nos encontramos, é compreensível que haja insegurança com relação à exposição social para doar sangue, porém é preciso que o trabalho realizado pelos hemocentros continue (com protocolos de segurança) e para isso, é necessária a solidariedade da população para manter os estoques de sangue em níveis adequados. A sorologia reagente ou indeterminada de um doador implica no descarte de todos os componentes sanguíneos produzidos a partir da sua doação, contribuindo para a diminuição dos estoques em um momento em que já há a redução de doações. Conclusão: Dessa forma, faz-se de suma importância a conscientização sobre a prevenção dessa doença (e de quaisquer outras doenças transmissíveis pelo sangue) visando tanto a saúde e bem-estar do doador, quanto a garantia do uso de sua doação de forma segura para transfusões em pacientes nos serviços de saúde.

3.
Hematology, Transfusion and Cell Therapy ; 43:S411-S412, 2021.
Article in Portuguese | EMBASE | ID: covidwho-1859672

ABSTRACT

Objetivos: Analisar o número de doadores de sangue do Hemocentro Regional de Santa Maria (HEMOSM), os quais apresentaram sorologia reagente ou inconclusiva para Doença de Chagas (DC), durante o período de fevereiro/2020 a julho/2021. Material e métodos: Trata-se de um estudo observacional retrospectivo, de abordagem quantitativa, realizado por meio da coleta de dados do Sistema HEMOVIDA (Sistema Nacional de Gerenciamento em Serviços de Hemoterapia) e dos arquivos do Laboratório de Sorologia do HEMOSM durante o período da Pandemia de COVID-19. As amostras de sangue dos doadores foram coletadas em tubos para a obtenção do soro empregado nos ensaios. A técnica para a detecção de anticorpos anti Trypanosoma cruzi foi a eletroquimioluminescência. Resultados: Dos 295 doadores que apresentaram algum impedimento durante a triagem sorológica, 23 deles tiveram as bolsas de sangue descartadas por Doença de Chagas, representando 8% das bolsas desprezadas pela triagem sorológica no mesmo período. Ainda, 4 apresentaram coinfecção por outros agentes etiológicos, sendo 3 por Treponema pallidum (sífilis) e 1 por HIV. Daqueles 23 doadores, 16 apresentaram sorologia reagente com detecção de anticorpos contra o T. cruzi, enquanto 7 apresentaram sorologia inconclusiva. Em relação ao sexo dos doadores, com resultados reagentes ou inconclusivos para a DC, 40% são mulheres e 60% homens. 70% dos doadores que apresentaram marcador sorológico para a DC são residentes da cidade de Santa Maria e os 30% restantes são residentes de cidades próximas pertencentes ao estado do RS. Discussão: A Doença de Chagas é uma condição crônica que leva aproximadamente 40% dos indivíduos infectados a desenvolverem sinais clínicos com envolvimento cardíaco ou digestivo. Trata-se de uma patologia parasitária decorrente da infecção pelo protozoário hemoflagelado T. cruzi, tendo como vetores os insetos triatomíneos. A transmissão pode ocorrer de forma vetorial (maior relevância epidemiológica), congênita, por transplante de órgãos, transmissão oral, através de acidentes de laboratórios e por transfusões sanguíneas, sendo este último modo de transmissão o que faz com que a DC seja pesquisada para doadores de sangue. A pesquisa da DC é importante pois 60% dos portadores do parasita não apresentam manifestações clínicas da doença. Os doadores com sorologia reagente ou indeterminada são convocados ao hemocentro para realização de nova coleta de sangue para confirmação dos resultados e para orientação a respeito do acompanhamento desta infecção. Nesse sentido, conforme os dados encontrados na presente amostra, percebe-se que foi identificado um número significativo de soropositivos para DC durante o período analisado, percentual aproximado ao do HIV, o que fundamenta a importância desse rastreio e da notificação em serviços de saúde. Conclusão: Em comparação com outras causas de descarte de hemocomponentes, como a triagem sorológica para sífilis e hepatites virais, a DC não tem grande destaque, mas de qualquer forma, mesmo que o resultado seja inconclusivo, todos os hemocomponentes produzidos a partir das doações desses voluntários devem ser descartados para a garantia da segurança transfusional.

4.
Hematology, Transfusion and Cell Therapy ; 43:S363, 2021.
Article in Portuguese | EMBASE | ID: covidwho-1859657

ABSTRACT

Objetivos: Contabilizar o número de doadores de sangue do Hemocentro Regional de Santa Maria (HEMOSM) que apresentaram sorologia inconclusiva ou reagente para sífilis durante o período da pandemia (fevereiro/2020 a julho/2021) e que, em razão disso, tiveram suas bolsas de sangue desprezadas. Material e métodos: Trata-se de um estudo observacional retrospectivo realizado pela coleta de dados do Sistema HEMOVIDA (Sistema Nacional de Gerenciamento em Serviços de Hemoterapia) e dos arquivos do Laboratório de Sorologia do Hemocentro Regional de Santa Maria durante o período de fevereiro/2020 a julho de/2021. A amostra empregada na pesquisa foi o soro dos doadores e a técnica analítica adotada para a detecção de anticorpos antitreponêmicos foi a eletroquimioluminescência. Resultados: O número de doadores que tiveram seus hemocomponentes desprezados em razão das pesquisas sorológicas para sífilis foi de 156, sendo que destes 94 doadores apresentaram sorologia reagente enquanto os outros 62 doadores apresentaram pesquisa inconclusiva. Ainda, quanto ao sexo dos doadores que tiveram seus hemocomponentes desprezados, 46% foram doadores do sexo feminino enquanto 54% são do sexo masculino. Discussão: A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível (IST), causada pela bactéria Treponema pallidum, tendo também como via de transmissão a vertical e a sanguínea, motivo pelo qual é uma das doenças pesquisadas para doadores de sangue. Independentemente do resultado reagente ou inconclusivo, estes hemocomponentes foram descartados, em razão da segurança transfusional e controle de qualidade. Todos estes doadores foram convocados para coleta de segunda amostra para confirmação do resultado pela repetição do ensaio, com nova amostra, e para o emprego da técnica de floculação para detecção de anticorpos não-treponêmicos, técnica auxiliar na confirmação da pesquisa. Posteriormente, nos casos de confirmação dos resultados como reagentes, os doadores foram encaminhados para tratamento e acompanhamento médico. Cabe salientar que conforme descrito por outros estudos, a maior porcentagem de doadores com sorologia reagente ou inconclusiva para sífilis, são homens jovens. Conclusão: As pesquisas sorológicas para sífilis foram a maior causa de desprezo de hemocomponentes, dentre aqueles desprezados em razão de alguma sorologia reagente, no Hemocentro Regional de Santa Maria, representando 53% dos descartes. Considerando o primeiro ano da pandemia, em que o HEMOSM apresentou uma queda de aproximadamente 10% das doações em relação ao mesmo período no ano anterior, e que o Ministério da Saúde previa reduções de 15% a 20% das doações, o descarte de hemocomponentes pode significar um agravo na condição dos estoques de sangue, especialmente de concentrados de plaquetas, no caso do HEMOSM, para pacientes atendidos no Hospital Universitário de Santa Maria. Ainda, sendo a sífilis uma IST, companhas de conscientização sobre a doação de sangue e o uso de preservativos para o público jovem podem auxiliar no aumento da captação de doadores e na diminuição da incidência desta IST neste público, contribuindo para a qualidade de vida do doador e consequentemente, na diminuição do descarte de hemocomponentes por este motivo.

5.
Hematology, Transfusion and Cell Therapy ; 43:S326, 2021.
Article in Portuguese | EMBASE | ID: covidwho-1859640

ABSTRACT

Objetivos: Investigar, no Hemocentro Regional de Santa Maria (HEMOSM), os casos de doadores de sangue D negativos que apresentaram em sua fenotipagem resultados positivos para os antígenos (AG) C, E e Kell-1 na pesquisa de AG eritrocitários C.c,E,e e Kell-1. Material e métodos: Este é um estudo observacional retrospectivo realizado através da coleta de dados do Sistema HEMOVIDA (Sistema Nacional de Gerenciamento em Serviços de Hemoterapia) e dos arquivos do Laboratório de Imunohematologia do HEMOSM durante o período de fevereiro/2020 a julho/2021. As amostras utilizadas para o ensaio são amostras de sangue coletadas em tubo com anticoagulante EDTA, sendo centrifugadas e posteriormente tendo volume do concentrado de hemácias empregado na preparação de suspensões para realização dos testes conforme instruções dos fabricantes. A técnica empregada foi a aglutinação-centrifugação em cartão com gel. Anticorpos monoclonais dirigidos aos AG pesquisados encontram-se suspensos no gel em diferentes microtubos. Resultados: O total de doações com tipagem sanguínea D(-) foi de 2299 doações. Destas, 351 doadores (aproximadamente 15%) apresentaram um ou mais dos AG C, E ou Kell-1. Dentre estes, 139 doadores apresentaram fenótipo Rh Ccee, 29 apresentaram fenótipo ccEe, ainda 21 apresentaram ambos os AG, com fenótipo CcEe, enquanto o total de doadores com pesquisa positiva para o AG Kell-1 foi de 162. Discussão: Indivíduos que apresentam a tipagem sanguínea com resultado D(-), usualmente apresentam fenótipo Rh ccee com K(-), ou seja, sem a presença de AG C, E e Kell-1. Para doadores e para pacientes (pcte), a pesquisa destes AG em laboratórios de imunohematologia é importantíssima, isto porque C, E e Kell-1 apresentam elevada antigenicidade e, portanto, risco de sensibilização no caso de transfusão de hemácias com estes AG em pcte que não os apresentam. Sendo assim, concentrados de hemácias (CH) com D(-) que apresentem C, E e/ou Kell-1 devem ser direcionados para pcte que apresentem estes AG, na tentativa de utilização do hemocomponente, especialmente no período da pandemia de COVID-19, quando as doações de sangue reduziram aproximadamente 10% no HEMOSM durante o primeiro ano da pandemia (em comparação com o mesmo período do ano anterior). A destinação racional destes hemocomponentes no sentido de impedir a sensibilização dos pcte é essencial para que em futuras provas de compatibilização estes pcte não corram o risco de apresentar incompatibilidade decorrente da formação de anticorpos irregulares Anti-C, Anti-E e Anti-Kell-1. Conclusão: A utilização de CH D(-) com a presença de C, E e/ou Kell-1 só pode se dar no caso de os pcte apresentarem prova cruzada e configuração antigênica compatíveis com as hemácias do doador. Em razão disso, alguns desses CH podem permanecer represados nos estoques de sangue até seu vencimento e descarte. Uma alternativa para a utilização destes CH é a sua destinação para a compatibilização e uso em pcte D+, uma vez que estes apresentam AG C, E e/ou Kell-1 com maior frequência. Assim, são transfundidas hemácias com configuração antigênica compatível na tentativa de destinação desses CH para que não cheguem a ser desprezadas por validade, especialmente no contexto da redução das doações.

6.
Hematology, Transfusion and Cell Therapy ; 43:S321, 2021.
Article in Portuguese | EMBASE | ID: covidwho-1859637

ABSTRACT

Objetivos: Analisar quantitativamente o desprezo de bolsas com filtro empregadas na coleta de sangue de doadores com triagem positiva para Hemoglobina S (HbS) no Hemocentro Regional de Santa Maria (HEMOSM) durante o período da pandemia de COVID-19. Material e métodos: Trata-se de um estudo observacional e retrospectivo, de caráter quantitativo, realizado por meio da coleta de dados nos arquivos do Laboratório de Imunohematologia e de Fracionamento de Hemocomponentes do HEMOSM, bem como, através da pesquisa de dados no Sistema HEMOVIDA (Sistema Nacional de Gerenciamento em Serviços de Hemoterapia) relativos ao período de fevereiro/2020 a julho/2021. Resultados: Dentre todas as doações recebidas no HEMOSM, no período estudado, aproximadamente 0,6% dos doadores apresentaram resultados reagentes, na triagem para HbS, empregando-se a técnica de solubilidade com tampão de ditionito de sódio. No mesmo período houve o desprezo de oito bolsas com filtro, devido ao entupimento do sistema de filtros, em decorrência de presença da HbS. Discussão: A HbS é uma hemoglobina variante que promove alteração da conformação das hemácias quando o gene responsável por esta característica encontra-se em heterozigose (traço falciforme). Quando o gene responsável pela sua expressão está em homozigose, ocorre a Anemia Falciforme no portador dessa característica genética. Concentrados de hemácias desleucocitados sofrem o processo de filtração, responsável pela remoção dos leucócitos deste hemocomponente, para minimizar o risco de reações transfusionais, em especial a doença do enxerto versus hospedeiro. Quando o sangue total de um doador HbS positivo é coletado em bolsas quádruplas (com filtro), pode ocorrer a obstrução do sistema no momento da filtração ou ainda a hemólise das hemácias, uma vez que os eritrócitos do doador apresentam alteração na conformação, sendo menos maleáveis para passar pelos poros do filtro, e em razão disso estas bolsas precisam ser desprezadas. Conclusão: O desprezo de hemocomponentes é indesejável e deve ser minimizado, principalmente no cenário da pandemia de COVID-19, quando previsões indicavam uma tendência de diminuição na captação de doações na ordem de 15% a 20%, segundo o Ministério da Saúde. Ainda, em razão da otimização do uso de recursos e de hemocomponentes, o laboratório de Imunohematologia passou a fornecer para o Setor de Coleta de Sangue um relatório, atualizado mensalmente, contendo doadores HbS positivos não indicados para coleta de sangue em bolsas quádruplas com filtro.

7.
Hematology, Transfusion and Cell Therapy ; 43:S309, 2021.
Article in Portuguese | EMBASE | ID: covidwho-1859633

ABSTRACT

Objetivos: Quantificar e identificar os motivos de desprezo de plaquetas coletadas por aférese no Hemocentro Regional de Santa Maria (HEMOSM), durante o período da pandemia de COVID-19. Material e métodos: Trata-se de uma pesquisa observacional retrospectiva, a qual foi realizada pela consulta de dados do Sistema HEMOVIDA (Sistema Nacional de Gerenciamento em Serviços de Hemoterapia) durante o período de fevereiro/2020 a julho/2021. Resultados: Dez bolsas de plaquetaférese foram descartadas no período examinado pelo estudo, destas, 6 unidades foram desprezadas devido à sorologia reagente, 2 unidades devido ao período de validade excedido e outras 2 unidades por outros motivos, 1 por intercorrência na coleta e a outra unidade por baixo volume do concentrado de plaquetas. Discussão: A coleta de plaquetas por aférese se distingue da coleta de plaquetas por fracionamento do sangue total (plaquetas randômicas) por acontecer em um sistema extracorpóreo, onde as plaquetas do doador (e parte do plasma) são separadas para a obtenção do hemocomponente de interesse. Os demais componentes sanguíneos são devolvidos à circulação do doador e todo o processo de coleta pode durar em torno de até 90 minutos. As plaquetas coletas por aférese são desleucocitadas (ou leucorreduzidas) durante a coleta, podendo ser produzidas 2 unidades do hemocomponente por doador. Ainda, 1 unidade de plaquetaférese pode corresponder a um pool de 8 a 10 plaquetas randômicas, e, portanto, possui menor risco de promoção de reações transfusionais. Dessa forma, as plaquetas coletadas por aférese, além de serem hemocomponentes com qualidade elevada e terem uma coleta onerosa (pelo valor dos kits e equipamentos), devem ser produzidos de forma a se evitar qualquer situação que possa inviabilizar a sua destinação para transfusão. Usualmente, novos doadores de plaquetas por aférese precisam realizar testes para a coleta do hemocomponente. Nestes testes, parâmetros hematológicos (ex., elevada contagem de plaquetas), imunohematológicos (ex, pesquisa negativa para anticorpos irregulares contra antígenos eritrocitários) e sorológicos (ausência de marcadores de doenças infecciosas transmitidas pelo sangue) devem ser atendidos para que então o candidato a doação passe a ser convidado a doar plaqueta por aférese. Infelizmente, podem ocorrer casos de soroconversão em doadores de aférese, ou a formação de anticorpos irregulares, o que leva ao desprezo dos hemocomponentes. Conclusão: O descarte de concentrado de plaquetas por aférese é indesejado, uma vez que, além do alto custo de produção destas bolsas, no período da pandemia houve uma queda das doações de sangue no HEMOSM, correspondendo a uma redução de aproximadamente 10% do total de doações (durante o primeiro ano da pandemia) em comparação com o mesmo período do ano anterior. Dessa forma, o desprezo de hemocomponentes torna ainda mais crítica a situação dos estoques de sangue, e além disso, considerando que concentrados de plaquetas possuem uma validade curta e que são comumente prescritos, é indesejável que estas bolsas sejam desprezadas por qualquer motivo, desde que garantidas a qualidade do hemocomponente e a segurança transfusional.

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